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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

O canário sábio


O canário sábio


Todas as manhãs um bando de canários revoava a campina, cantarolando docemente sua melodia.
Um deles, o mais novo do bando, preferia passar longos momentos com um casal de corujas, que aninhava nos galhos de um velho carvalho.
Sempre educado e atencioso, o jovem canário prestava atenção em tudo o que as corujas lhe ensinavam sobre a vida selvagem.
Mas os outros pássaros do bando ficavam irados ao ver um de sua espécie envolvido em conversas com aquelas aves sinistras.
O canário, porém, desfrutava de ensinamentos que fariam diferença em seu viver diário.
As sábias corujas o instruíam em diversos conselhos, principalmente sobre como escapar das armadilhas humanas, tantas vezes observadas por elas, de seu esconderijo.
Apesar da insistência dos companheiros de bando, o canário preferia a companhia das corujas, em vez de passar o dia cantarolando à toa. Como forma de gratidão, ele entoava um doce canto para as corujas, que, silenciosas, se maravilhavam com o talento da pequena ave.
Os dias se passaram. Na primavera daquele ano não se viu nenhum bando de canários em revoada cantante. Todos haviam sido capturados e presos em gaiolas pelos caçadores cruéis. Apenas um deles permaneceu cantando, solitário, no galho de um velho carvalho, tendo por platéia um simpático casal de corujas.



Aquele que anda com os sábios será cada vez mais sábio, mas o companheiro dos tolos acabará mal.
Provérbios 13.20



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